Turnover: o que é e por que se preocupar?

Turnover: o que é e por que se preocupar?

Uma das questões que tem gerado debates nas organizações é a rotatividade de pessoal, também conhecida como turnover. Para definir o índice ideal de rotatividade de pessoal, é preciso considerar um fator que permita uma renovação da empresa, sem que isso implique em perda de qualidade e de talentos. Assim, é possível evitar a estagnação e, ao mesmo tempo, manter profissionais que contribuam para o diferencial competitivo da empresa no mercado. Neste texto, vamos nos preocupar em analisar as causas e as consequências do turnover e como ele pode ser gerenciado.

O livro Gestão do Turnover, da autora Andréia Cardoso, por exemplo, afirma que o turnover não deve passar de 10% ao ano.

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Causas e estudos sobre o turnover

A princípio, estudos elencam entre as principais causas do turnover alto:

  • As práticas de gestão de pessoas pouco aderentes à cultura da empresa;
  • estilo de liderança;
  • relacionamento humano;
  • cultura organizacional;
  • e condições de trabalho.

Tais aspectos consistem em condições internas da realidade das empresas e também se associam a questões externas. Por exemplo, a situação da economia e o mercado de trabalho.

Em uma pesquisa sobre o turnover no setor de supermercado, verificou-se que a maioria das demissões ocorreram de modo voluntário e devido a fatores internos. Nesse sentido, o dado reflete como as empresas precisam focar em uma gestão de pessoas que favoreça o desenvolvimento e a retenção de profissionais valiosos.

Para além do impacto na competitividade, uma outra pesquisa elenca custos importantes na rotatividade de pessoal. Custos com demissão, contratação e treinamento dos novos funcionários representam 23% dos valores totais referentes ao turnover.

Logo em seguida, vêm os 21% associados à queda de produtividade no processo. Com índices menores, estão a falta de comprometimento da equipe que continua na empresa; redução do lucro; perda de qualidade dos serviços; redução da credibilidade perante o mercado; entre outros fatores.

Como a pandemia afeta o turnover de uma empresa?

Apesar da alta taxa de desemprego, a preocupação com o turnover continua atual para que as empresas se mantenham saudáveis e competitivas.

Por exemplo, uma matéria da Revista Exame apontou que a flexibilidade para conciliar a vida pessoal e o trabalho ganhou ênfase desde o início da pandemia quando o assunto é a busca por um novo emprego .

A matéria apresenta os resultados de uma pesquisa na qual se constatou que um em cada 10 brasileiros pediu demissão em 2020. Já 31% disseram que a troca de emprego era um objetivo para 2021. Entre os que já haviam deixado o emprego em 2020, 29% queriam um local mais flexível.

Além disso, outro atributo considerado na mudança de emprego é a chance de desenvolvimento profissional e carreira.

Aposte em ações para diminuir o turnover

Muitas empresas investem em ações com vistas às novas exigências do mercado. Uma delas é criar um maior engajamento da equipe, como noticiou o jornal Estadão. Então, as ações envolvem desde melhorias nos pacotes de benefícios até a adoção do modelo partnership.

No caso da XP Inc., por meio de um plano estruturado, alguns colaboradores podem se tornar sócios da empresa. Na matéria, destaca-se a importância de a cultura da empresa e a qualidade de vida estarem ligadas a esses incentivos financeiros.

Em live da série RH 4.0, do Valor Econômico, a diretora de Pessoas e Cultura do Banco BV, Ana Paula Tarcia, fala das iniciativas da empresa que aposta em ações de bem-estar como estratégias para manter o equilíbrio do turnover e aumentar a produtividade.

A princípio, ações relacionadas à flexibilidade e saúde já eram pauta antes da pandemia e cresceram neste momento. De acordo com ela, as empresas que não se adequarem às novas exigências do mercado de trabalho quanto ao investimento nos recursos humanos serão menos competitivas.

Equilíbrio mesmo em tempos de crise

Observa-se uma íntima relação entre as práticas de Gestão de Pessoas e o equilíbrio do turnover. Na verdade, essa é uma preocupação que se mantém constante mesmo em tempos de crise. Além disso, tem sido alvo de medidas estratégicas nas empresas como forma de manter o equilíbrio financeiro, a credibilidade e competitividade perante o mercado.

Além dos exemplos acima, a condução de um processo de recrutamento e seleção de qualidade ainda são de suma importância na realidade atual. Da mesma forma como ações no campo de treinamento e desenvolvimento dos profissionais.

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